No dia 14 de abril de 1954, há sessenta e seis anos, nascia o
Colégio de Aplicação da UFRGS. Como os demais Colégios de Aplicação, teve o
objetivo de integrar experimentações metodológicas pesquisadas nas Universidades
Federais à efetiva prática docente, de modo a que aquelas fossem aprimoradas e
difundidas em outras escolas, públicas ou privadas.
Hoje é aniversário do Colégio de Aplicação da UFRGS. Pelos
quase vinte e dois anos em que estive lá, todos os anos, em seu aniversário, o Colégio parava no recreio, e vários bolos gigantes eram distribuídos entre
estudantes, professores, funcionários, funcionários terceirizados, bolsistas de
Extensão e de Pesquisa, estagiários, para comemorar a data.
Com o tempo, a comissão
organizadora do evento descobriu que a maioria dos estudantes preferia cachorros-quentes,
em vez de bolo. E assim foi feito: todos os anos, todos comiam cachorros-quentes
para comemorar mais um ano do Colégio. Todos: estudantes, professores,
funcionários, funcionários terceirizados, bolsistas de Extensão e de Pesquisa,
estagiários... porque o Colégio era (e ainda é) formado por todos. A festa
previa, também, atividades de lazer ou artísticas.
Não sei se nos últimos quatro anos houve comemorações neste
formato, pois estive no Colégio de 1994 até 2016. Apenas sei que hoje não vai
ser assim, pois não haverá recreio, não haverá aula no prédio do Colégio. Por
isso, atendendo ao pedido do Projeto LiteraCAp, escrevo este texto, uma comemoração
virtual em agradecimento pelos anos que lá vivi.
Coisas que aprendi no CAp UFRGS...
Aprendi que as ciências ditas exatas têm seu lado prático.
Podemos aprender sobre Química, por exemplo, fazendo pão. Soube que, nas
escolas, podemos estudar diferentes Línguas e suas culturas, tais como Alemão,
Espanhol, Francês e Inglês. Percebi a importância de conhecer a prática das
diferentes Artes humanas: as Visuais, as Musicais e as Dramáticas. Reconheci a
importância do corpo em movimento, quer nas diferentes modalidades esportivas,
quer nas atividades de consciência e de saúde corporal. Vivenciei na prática, junto
com meus colegas de Área (Língua Portuguesa e Literatura), que, para ensinar nossa
língua materna, precisamos escrever mais e fazer com que a gramática exista em
sua prática.
Tudo isso aprendi com estudantes, professores, funcionários,
funcionários terceirizados, bolsistas de Extensão e de Pesquisa, estagiários e
familiares. No CAp, também reconheci a importância de saber lidar com as
diferenças, de respeitar os animais abandonados, de conquistar a melhor forma
de fazer com que o máximo possível de estudantes gostasse de ler e de escrever.
Mas o mais importante que aprendi foi que professores não
devem parar. Devem continuar estudando, de modo a buscar o conhecimento de
forma integrada. Devem ter olhos abertos para o novo, como as novas tecnologias.
Precisam seguir aprendendo sempre ao longo de todas as suas vidas, sem medo,
sem preconceito.
Tudo isso aprendi no CAp UFRGS, com todos, mas principalmente
com o grupo onde atuei por vinte anos e que guardo com carinho especial em
minha caixa de lembranças: o Projeto Amora.
Glau, que lindo texto! Tua caixinha de lembranças ta bem cheia, né! Sabe de uma coisa? Tu e a Tecelina estão na minha caixinha também! Bjos
ResponderExcluirQue lindo, Rô! Fico tão feliz! Beijos!
ResponderExcluir